segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Cantinho de felicidade...

[And now she's breathing down my neck and I hope she won't regret this choice... Regret this choice... (A Day away)]



Seis horas de viagem fazem com que os olhos se cansem e fiquem pesados. As pernas, antes dormentes, cambaleiam ao abrir da porta. Os pés não desejam responder ao contato com o solo fixo. Nada que um banho frio em uma terra de 40 graus não resolva. Terra calma, distante de minha casa. Mas não por isso desmerecida. O inverso por sinal, me é muito querida. A esse pequeno canto do mundo chamo segundo lar, recanto, paraíso para minha insanidade.
Falando-se em insanidade, é aqui que ela me deixa pensar. Raramente dá o ar de sua graça. Aqui fico tão quieto que esqueço de mim mesmo. A cadeira na varanda é bom lugar para sentar-me e manter o costume da leitura. A brisa daqui traz mais alento que o comum. Ela se deixa perceber mesmo com o ventilador ligado. Parece que quando ela passa deixa um pouco de esperança, e quando vai, leva minhas preocupações.
Engana-se quem pensa que estou em um local paradisíaco conhecido por uma infinidade de pessoas. Pelo menos para mim ele é paradisíaco. E, na verdade, é conhecido por poucos. Na verdade, é bem pequenino. Na verdade, poucas verdades sobre ele sei. Apenas sei que aqui me sinto bem, que tenho vontade de ficar por aqui e esquecer das atribulações de minha terra natal. Definitivamente, o lugarzinho conquistou-me. Chamo lugarzinho pelo carinho que em mim despertou. Aqui as poucas pessoas que conheço me querem muito bem. Preocupam-se com o meu bem-estar como poucos o fazem.
Infelizmente, logo voltarei. Deixarei a terrinha para trás. Mas bem queria eu ficar estirado na varanda dessa casa, a pensar em nada e sobre nada refletir.
Queria eu descrever-lhes um pouco mais esse cantinho de meu mundo. Mas a vontade de apreciar seus frutos é maior do que a de ficar contando-vos como são. Se quer descobrir onde estou, procure em suas memórias o lugar onde mais se sinta bem. Lá estarei eu.

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