sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Manifesto do silêncio...

A alguns "emissores de opinião"...

"I've lived in places that you wouldn't never ever want to be
Places where for a minute you couldn't ever stand to be
I've seen things, I've seen things you'd never want to see
So what gives, what gives you the right to be the judge of me..."
(Alone - Suicidal Tendencies)

Conheça o mundo para conhecer as pessoas que caminham por ele.

domingo, 28 de novembro de 2010

Quero dizer...

"Algumas pessoas desejam o mundo a seus pés, outras em suas mãos. Por mim, ele pode ficar bem onde está..."

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

The DS Chronicles: Chapster II

Após finalmente adentrar o que chamo de lar, ter tomado uma ducha fria como a água da chuva, despenquei em uma pequena poltrona da sala, direcionada à uma janela. Deixei que meus olhos percorressem o horizonte coberto pela negra cortina noturna. Algumas luzes permaneciam acesas, apesar dos ponteiros marcarem quatro horas em meu pulso.
O silêncio era tal, que o seu trabalho de pequenas formigas ressoava pelo ambiente vazio. Detive-me alguns instantes a escutá-los, concentrando-me na vista que abria-se pelo vidro embaçado. Tic... Tac... Tic... Tac... Lembrei-me de quando era pequeno e brincava de desenhar nas janelas úmidas. Uma nuvem aqui, uma árvore acolá. Um imenso sol radiante. Se ele não despontava no firmamento, surgia-me esplendoroso em minha tela vítrea.
Mas a vida agora é outra. Logo no fim do corredor está meu quarto, em que nesse momento deve estar a repousar minha esposa, enfim vencida pela fadiga e pelas pálpebras pesadas, sendo essas mais fortes que a sua preocupação pelo paradeiro do marido. Doce digressão toma minhas faculdades nesse instante. O dia em que nos conhecemos, o primeiro beijo e outra tantas primeiras coisas que deixarei para soletrar-vos em um próximo capítulo. Essa parte de minha vida merece ser contada com deleite e minúcias.
No quarto à esquerda estão meus filhos, donos de minha alma e meu coração. Impossível imaginar a felicidade que há em minha vida, nem muita nem pouca, mas suficiente, sem aqueles risinhos que me acordam nas manhãs de domingo, pulando na cama e puxando minhas cobertas.
- Acorda papai! Hoje você não trabalha, tem que brincar com a gente.
Nesse momento, creio que devo abandonar essa narrativa. A cena acima descrita se repetirá daqui a pouco e terei de apresentar ao mínimo algumas reminiscências de forças, pois essa alegria me vem acompanhada de muito suor.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Quero dizer...

"Darei-te o benefício da dúvida e tu descobrirás o que é real..."

domingo, 26 de setembro de 2010

Pequeno passeio dominical...

[A thousand miles seems pretty far but they've got planes and trains and cars. I'd walk to you if I had no other way...(Plain with T's)]

Na calmaria de meu pequeno lar, reflito sobre meu curto dia. Acordei às sete da manhã, pois parte da família faria um passeio, para o qual minha companhia foi requisitada. Fomos à Curitiba, a capital do estado onde há muito a borracha dos meus tênis não se desgastava. Para ser mais exato, há quase três anos. Em dezembro de 2007 passei por sua rodoviária rumo ao litoral paulista.
Uma vez que era domingo, o grupo rumou para a Feira do Largo da Ordem, reconheci algumas ruas em que perambulei acompanhado anos atrás, diga-se de passagem, com outros objetivos e com o tempo como vilão, pois na época esse dito cujo canalha corria rápido demais. Mas hoje, esse camarada resolveu me deixar escolher alguns botons de bandas de rock, algumas camisetas e permitiu-me experimentar um pouco de culinária mexicana com uma calma dificilmente vista. Dessa vez parecia que ele queria que eu permanecesse ali, olhando tudo ao redor.
Depois das singelas barraquinhas, das pequenas compras, os "turistas" por minha irmã guiados foram levados ao denominado Shopping Estação, que também abriga o Museu Ferroviário de Curitiba. Ponto turístico da cidade, ótimo para nossos acompanhantes. Sendo isso, deveria eu estar alegre em adentrar suas portas, e confesso que fiquei. Não fosse apenas um detalhe, já o conhecia, de outonos passados.
Trata-se de um dos primeiros lugares que visitei em solos curitibanos, e o detalhe das proximidades do Largo da Ordem aqui se amplificou. Fiquei em um estado catatônico de alerta, lembrando cada minúcia de minha primeira visita em cada metro quadrado do local. Desejei discar um número que inexiste na memória de meu celular. Ansiei ver um rosto conhecido para direcionar algumas palavras amigas depois de tanto tempo. É inegável que estremeci com o turbilhão de lembranças em minha cabeça.
Transpassei suas portas, ao ir embora, lembrando de Pennywise, Queens of the Stone Age, Red Hot Chili Peppers e outras tantas músicas que fizeram parte da trilha sonora daquele episódio. Após isso, todos rumaram para o aclamado Jardim Botânico, que sediava um festival de jazz, antes de retornarmos às nossas casas. Mas a essa altura, estava um tanto atônito para apreciar a beleza da simplicidade de seus atributos.
Foi um dia de clima ameno, esfriando um pouco durante a tarde. O céu cinza me confirmou a impressão dessa nova visita. Curitiba pareceu-me um tanto vazia, faltou-me algo que talvez tenha perdido por lá e que talvez nunca mais encontre. Dentre as centenas de risos que vi durante o dia, faltou-me um. Sobrou-me uma sensação nostálgica, que o amigo tempo, ao dar uns tapinhas nas minhas costas, disse que "são coisas da vida".


Imagem: http://fotosoporto.blogspot.com/2009/04/estacao-de-s-bento-porto.html

sábado, 18 de setembro de 2010

Quero dizer...

"Tudo o que vemos por aí são opiniões retrógradas de um presente futurístico..."

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O olhar em repouso,
A percepção dissonante.
Ao menos um instante,
Eis que, ouso...
Erguer-me e seguir...

The DS Chronicles: Chapster I

Os punhos cerrados atingiram uma poça d’água. Por algum motivo os joelhos se dobraram perante a chuva forte que caía e as mãos acompanharam o movimento ríspido. Gotas deslizavam pelos fios de cabelo e despencavam como em câmera lenta.

A camiseta, encharcada, apenas aumentava a sensação de frio do ambiente que nada alterava a temperatura interna do corpo. Uma relação um tanto paradoxal, mas pouco conveniente ao momento. O externo pouco me manipula, assim faz somente quando eu o desejo.

Procurei abrigo debaixo de um toldo, uma vez que o tempo ficava cada vez pior e eu não conseguiria seguir em frente. Não naquele instante. Não com tantas coisas passando por minha cabeça.

Flashbacks e encontros demais para uma noite apenas, os neurônios necessitavam de tempo para digerir o ocorrido. Talvez mais tempo do que eu presumisse ou que os próprios estipulassem.

Uma noite ou mais, uma semana com pouca probabilidade. Ampulhetas não resolveriam essas questões, mas sim, distorceriam as migalhas de raciocínio já aclamadas por alguns célebres dos incontáveis integrantes de meu cérebro. Deixarei que trabalhem calmamente, em seu ritmo, em sua sintonia. Posteriormente recolherei os resultados.

Por hoje, basta-me apenas esperar o temporal passar para ir embora. Reclinar-me em uma poltrona, fitar a calmaria da janela para que ela penetre meus olhos e auxilie meus pequenos companheiros em suas atividades corriqueiras e indispensáveis.