O silêncio era tal, que o seu trabalho de pequenas formigas ressoava pelo ambiente vazio. Detive-me alguns instantes a escutá-los, concentrando-me na vista que abria-se pelo vidro embaçado. Tic... Tac... Tic... Tac... Lembrei-me de quando era pequeno e brincava de desenhar nas janelas úmidas. Uma nuvem aqui, uma árvore acolá. Um imenso sol radiante. Se ele não despontava no firmamento, surgia-me esplendoroso em minha tela vítrea.
Mas a vida agora é outra. Logo no fim do corredor está meu quarto, em que nesse momento deve estar a repousar minha esposa, enfim vencida pela fadiga e pelas pálpebras pesadas, sendo essas mais fortes que a sua preocupação pelo paradeiro do marido. Doce digressão toma minhas faculdades nesse instante. O dia em que nos conhecemos, o primeiro beijo e outra tantas primeiras coisas que deixarei para soletrar-vos em um próximo capítulo. Essa parte de minha vida merece ser contada com deleite e minúcias.
No quarto à esquerda estão meus filhos, donos de minha alma e meu coração. Impossível imaginar a felicidade que há em minha vida, nem muita nem pouca, mas suficiente, sem aqueles risinhos que me acordam nas manhãs de domingo, pulando na cama e puxando minhas cobertas.
- Acorda papai! Hoje você não trabalha, tem que brincar com a gente.
Nesse momento, creio que devo abandonar essa narrativa. A cena acima descrita se repetirá daqui a pouco e terei de apresentar ao mínimo algumas reminiscências de forças, pois essa alegria me vem acompanhada de muito suor.
Mas a vida agora é outra. Logo no fim do corredor está meu quarto, em que nesse momento deve estar a repousar minha esposa, enfim vencida pela fadiga e pelas pálpebras pesadas, sendo essas mais fortes que a sua preocupação pelo paradeiro do marido. Doce digressão toma minhas faculdades nesse instante. O dia em que nos conhecemos, o primeiro beijo e outra tantas primeiras coisas que deixarei para soletrar-vos em um próximo capítulo. Essa parte de minha vida merece ser contada com deleite e minúcias.
No quarto à esquerda estão meus filhos, donos de minha alma e meu coração. Impossível imaginar a felicidade que há em minha vida, nem muita nem pouca, mas suficiente, sem aqueles risinhos que me acordam nas manhãs de domingo, pulando na cama e puxando minhas cobertas.
- Acorda papai! Hoje você não trabalha, tem que brincar com a gente.
Nesse momento, creio que devo abandonar essa narrativa. A cena acima descrita se repetirá daqui a pouco e terei de apresentar ao mínimo algumas reminiscências de forças, pois essa alegria me vem acompanhada de muito suor.
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