sábado, 12 de maio de 2012

Da monotonia de uma cadeira...

Como se apenas bastasse aquele momento simples, como se nada houvesse de importante a ser pensado e questionado. Apenas um momento para uma breve coleta de informações. Experimente entrar sozinho em um restaurante, um bar ou um café, ou outro estabelecimento parecido. Prefiro os bares e os cafés. Escolha uma mesa, preferencialmente uma que lhe sirva de uma boa visão do recinto ou dos transeuntes que perambulam frente ao local. Peça alguma bebida ao garçom. Sirva-se de um gole. E apenas olhe.
Não se lembre de família, amigos, trabalho e tarefas afins... Esqueça-se de tudo meu caro, olhe as pessoas. Imagine o que se passa por suas cabeças, repare em seus trejeitos, em como se movimentam, com que nível de eloquência se exprimem. Partilhe da arte de apenas observar o comportamento humano. Talvez consigas conhecer um pouco mais de ti mesmo. Talvez não, e encontre nisso apenas mais uma inutilidade. Um pouco de tempo jogado fora vendo um programa de TV fajuto, ambientado frente aos teus olhos. Surpreenda-se...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Daquelas reflexões de fim de ano...


[And the flame still burns. And my heart still yearns. And in my dreams the fires blaze..." (Tiger Army)]

Talvez eu já não esteja tão romântico como em outros tempos, em que flores, poemas e trechos de músicas eram cuidadosamente escolhidos para agradar olhos de uma paixão. Talvez seja a falta desse sentimento que não permita que assim seja. O egoísmo vindouro ajudou a encontrar um centro, um ponto fixo para onde ir profissionalmente. Mais tarde, ajudou no surgimento de uma aproximação maior da família e dos amigos, pois antes desta, o isolamento foi um abismo que me tragava. Aos poucos tudo retorna aos seus eixos, pois sempre há de se retornar ao topo, não por estúpidas literaturas de auto-ajuda, mas por meio das que se aproximam da realidade, do sentimento de estar vivo e de aprender com os acontecimentos, trágicos, dantescos ou felizes, sempre inesquecíveis, que nos atravessam o caminho. Talvez eu já não me importe tanto com o resto do mundo. Resolvi viver minha vida, independente de opiniões alheias, de tradições, desrespeitos e convenções sociais. Cá está uma coisa que muito me agrada, retomei minha liberdade de pensar e falar, de ir e vir, de viver e conviver com as marcas do passado. Ainda existem brasas do que um dia fui. Talvez um sopro as acenda. Até lá, sem dúvida alguma, me preocuparei com pouco, ou quase nada...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

[The hatred, decieving, the beatings... It's over... (Five Finger Death Punch)]

Não sei mais no que penso. As ideias me passam rápidas pelos olhos, fazer um curta, projetos de arte, versos de um poema, de uma música, uma visita que não fiz, uma pessoa que não vi, uma pessoa que não me viu.
Faz muito tempo, mas lembro de cada detalhe com uma exatidão espantosa. Os olhos marejados e a ira na corrente sanguínea. Esse tempo me ensinou muita coisa, boas e ruins. Ensinou-me a ser frio, calculista, a ponto de afastar qualquer tipo de afeto ligado a possíveis relacionamentos. Mas isso não é de todo mau, o egoísmo às vezes tem suas vantagens. Se penso mais em mim, em meu bem estar, no que quero, posso ou devo fazer não é da conta de ninguém. Minha e apenas minha, essa vida se esparge por caminhos conhecidos desde criança, mas que eu nunca tencionei refletir sobre e ouvir cada um deles. Há coisas idiotas que já não fazem mais sentido, há emoções que são censuradas e banidas, há tanto, que aos poucos aprendo, uma hora, um dia de cada vez. Enfrentando e me afastando dos meus demônios.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Há a água que vem do céu
Há a que vem pelas rochas
Há a que vem pelo mar...
Particularmente,
O cinza é mais meu amigo
Do que o verde e o amarelo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Um fato no contrapé...

Uma lágrima seca e interna...

Sairei sem rumo...

Creio que, em breve,

Uma garrafa de destilado estará vazia...


Brincando de Deus em minha mente

Crio e te recrio

Apenas para ter próxima a tua imagem...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Breve asserção sobre o pensamento...

Não gosto de frases feitas, embora use ditados em meus escritos de vez em quando. As frases feitas exprimem pouco ou nada, são quase acéfalas. Mesmo que as minhas sejam sem sentido, as prefiro. São minhas, saem de minha mente e minha boca, cheias de fel ou carinho, abominando a preguiça de pensar.
Gosto de pensar, é isso que nos torna animais racionais, não é mesmo? Embora muitos façam questão de esquecer esse fato. Penso, reflito, penso de novo. Estimulo, destruo e reconstruo neurônios. Explodem em minha cabeça e unem seus fragmentos rapidamente, como se misturassem Beethoven com Arch Enemy. Estridente. Calmo.
Tudo em um segundo...