terça-feira, 19 de julho de 2011

Breve asserção sobre o pensamento...

Não gosto de frases feitas, embora use ditados em meus escritos de vez em quando. As frases feitas exprimem pouco ou nada, são quase acéfalas. Mesmo que as minhas sejam sem sentido, as prefiro. São minhas, saem de minha mente e minha boca, cheias de fel ou carinho, abominando a preguiça de pensar.
Gosto de pensar, é isso que nos torna animais racionais, não é mesmo? Embora muitos façam questão de esquecer esse fato. Penso, reflito, penso de novo. Estimulo, destruo e reconstruo neurônios. Explodem em minha cabeça e unem seus fragmentos rapidamente, como se misturassem Beethoven com Arch Enemy. Estridente. Calmo.
Tudo em um segundo...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Crônica matutina...

Pela tarde eu já me esqueço, parece-me outro dia. Minha lucidez me retira do que vejo e me faz enxergar coisas imperceptíveis, levando-me à beira da insanidade. A vida boêmia é um reflexo até certo ponto consolador, ajuda-me a controlar meus demônios. Um cigarro e garrafas de cerveja vazias, um sorriso vazio e um olhar profundo, um misto de alegria inebriante e comentários cômicos disfarçam um ódio latente. Não me questiono mais sobre quem sou, o que quero, ou a causa de tantas coisas acontecerem comigo. Sou humano, e tudo que faço gera consequências. Sóbrio ou ébrio, sempre lúcido, continuo minha caminhada, numa busca que nunca chegará ao fim, porém a cada dia mais completa. Cecília que me permita parafraseá-la, não sou alegre nem triste, sou poeta.

O dia passa, a noite vem
Eu vôo... As horas páram
Quando tudo se separa...
Vem o alento do silêncio!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Respirações próximas
Lábios colados
Pernas entrelaçadas

O cheiro do corpo
O suor no rosto
A escorrer

Mãos que dançam
Músculos que se retraem
Sussurros e suspiros

Uma noite
Duas vidas
Um momento

Sempre há o amanhã
Mas que aproveite-se o agora
E o minuto seguinte

Deleitemo-nos em cada célula
Sentindo o céu na terra
O êxtase do orgasmo
Dois corpos em um
Depois... Nenhum...