terça-feira, 7 de setembro de 2010

The DS Chronicles: Chapster I

Os punhos cerrados atingiram uma poça d’água. Por algum motivo os joelhos se dobraram perante a chuva forte que caía e as mãos acompanharam o movimento ríspido. Gotas deslizavam pelos fios de cabelo e despencavam como em câmera lenta.

A camiseta, encharcada, apenas aumentava a sensação de frio do ambiente que nada alterava a temperatura interna do corpo. Uma relação um tanto paradoxal, mas pouco conveniente ao momento. O externo pouco me manipula, assim faz somente quando eu o desejo.

Procurei abrigo debaixo de um toldo, uma vez que o tempo ficava cada vez pior e eu não conseguiria seguir em frente. Não naquele instante. Não com tantas coisas passando por minha cabeça.

Flashbacks e encontros demais para uma noite apenas, os neurônios necessitavam de tempo para digerir o ocorrido. Talvez mais tempo do que eu presumisse ou que os próprios estipulassem.

Uma noite ou mais, uma semana com pouca probabilidade. Ampulhetas não resolveriam essas questões, mas sim, distorceriam as migalhas de raciocínio já aclamadas por alguns célebres dos incontáveis integrantes de meu cérebro. Deixarei que trabalhem calmamente, em seu ritmo, em sua sintonia. Posteriormente recolherei os resultados.

Por hoje, basta-me apenas esperar o temporal passar para ir embora. Reclinar-me em uma poltrona, fitar a calmaria da janela para que ela penetre meus olhos e auxilie meus pequenos companheiros em suas atividades corriqueiras e indispensáveis.

Um comentário:

Unknown disse...

Amigo há quanto tempo, avida é assim nos traz e nos separa.
Espero que esteja muito feliz onde estiver e com que estiver, diz-se que cada pessoa está na nossa vida só o tempo necessário e eu acredito, te desejo do fundo do coração que todos se encontrem em perfeita harmonia com o Universo, beijinhos de muita luz e muita paz.