segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Cogitando nomenclaturas...




[It has no name, there's one for every season... (Sonata Arctica)]


Como se pouco fosse muito e o que era muito fosse nada. Os dias munidos de sentido ficaram com o ano velho, despedindo-se com buzinas e roncos de motor. Os de agora... digamos que são munidos de sensações...
A de estar vivo, após muito tempo despojado na inércia...
A de sorrir, após momentos longos de agonia...
A de estar perto, após a ausência...
A de abraçar, após sentir os braços frios...
E outras tantas que menções acabam por misturar-se.
Da incerteza, da dúvida, passei à resignação do horizonte calmo, à simplicidade do olhar, à boa companhia, ao esquecimento do que dilacerava. Talvez seja isso que chamam viver o ano novo.
Mas como sempre, não estou certo disso, prefiro recostar-me em meu canto e ver se a porta se abre. Aguardo, pois a chave já não a detenho. Perdi-a caminhando pela rua uma tarde dessas e esqueci-me de procurar.
Provavelmente, o que há de certo é um certo sorriso bobo. Não pelos mesmos motivos de outrora, mas sim pela vista de uma janela que se abriu há pouco.

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