sexta-feira, 15 de julho de 2011

Crônica matutina...

Pela tarde eu já me esqueço, parece-me outro dia. Minha lucidez me retira do que vejo e me faz enxergar coisas imperceptíveis, levando-me à beira da insanidade. A vida boêmia é um reflexo até certo ponto consolador, ajuda-me a controlar meus demônios. Um cigarro e garrafas de cerveja vazias, um sorriso vazio e um olhar profundo, um misto de alegria inebriante e comentários cômicos disfarçam um ódio latente. Não me questiono mais sobre quem sou, o que quero, ou a causa de tantas coisas acontecerem comigo. Sou humano, e tudo que faço gera consequências. Sóbrio ou ébrio, sempre lúcido, continuo minha caminhada, numa busca que nunca chegará ao fim, porém a cada dia mais completa. Cecília que me permita parafraseá-la, não sou alegre nem triste, sou poeta.

O dia passa, a noite vem
Eu vôo... As horas páram
Quando tudo se separa...
Vem o alento do silêncio!

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