domingo, 22 de fevereiro de 2009

Oblivion!...

[Lua e sóis, mil mundos contra nós. O tempo sempre esteve contra mim. Se é a pouca idade, ou se é muito tarde. A verdade vou saber no fim... (Darvin)]


Alguns sinais não lidos nas entrelinhas. Talvez isso defina o que se passa em minha cabeça. Uma luz fraca ao longe, que ilumina vagamente o que passa por ela. Distingue-se pouca coisa. Algo esquecido por conta de uma lei inútil. Tão fútil quanto seus próprios criadores. Leis foram feitas para serem transgredidas, bem se diz. Mas para quebrar tal lei, não se depende apenas de um ser só. Não só de mim. Embora tal lei me enfureça e ate minhas mãos. Oblivion! Por que essa imagem se contrói novamente em meus pensamentos se fui proibido de refletir sobre ela?
A ferrugem nos dedos faz um jogo de atenções com as teias de aranha reunidas nos sentimentos. De alguma maneira! As aranhas do esquecimento aninharam-se em meu peito. Já não sei se a ferrugem compromete mais os dedos do que órgâos mais vitais. Esqueci-me de tudo, menos de você. Minha identidade foi roubada, mas ainda lembro do seu nome. No espelho, apenas vejo a sua face encantadora, a sorrir, e não mais a minha. O ar me falta, mas ainda sinto o aroma do seu perfume. Por toda parte, onde quer que meus pés me levem.
Erros ficaram no passado, e lá devem permanecer. Tive os meus, porém não me arrependo deles. Muitos deles levaram-me às boas lembranças que hoje tenho. Lembranças de você garota, mulher... Não sei que definição lhe atribuir, para ser estritamente sincero. Seus olhos não me permitem quaisquer tentativas. Nem ao menos me dão vestígios do que realmente eles escondem. Eu gostaria de saber mais, de conhecer mais. Esse mistério já me atrai e me empurra aos mais diversos delírios por meses. Alguns deles são de seu conhecimento, como já lhe disse algumas vezes. Nesse exato momento, se por algum estranho acaso você estiver lendo essas linhas, alguns lhe saltarão das memórias para deitar em seus braços.
Talvez assim um pequeno pedaço de minhas aspirações possa se fazer realidade. Um pequeno pedaço do desejo de estar aconchegado ao seu corpo poderá ser, por um instante, não apenas desejo. Compartilharei, em silêncio, com as minhas confidentes, aquelas que ficam no céu à noite, a alegria que me invade. Bem poderei despender o tempo todo até o amanhecer nessa conversa. Ou apenas ficarei em silêncio, elas entenderão o motivo do sorriso em meu rosto.
Cá falo de uma coisa da qual você conhece, meu sorriso silencioso. Se lembra da noite em que você o recebeu pela primeira vez? Certamente que sim. Jamais me esquecerei quando seus lábios permitiram que seu sorriso andasse de mãos dadas com o meu. Jamais me esquecerei das lembranças que adormecem agora, em seus braços. Jamais esquecerei do desejo de tomar o lugar de minhas lembranças.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hmm. Quem será essa?

Gaspar Ferreira disse...

nem Deus sabe...