sábado, 13 de setembro de 2008

Ando devagar...

porque já tive pressa... Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe. Só levo a certeza de que muito pouco eu sei. Eu nada sei...


Eu apenas ando. Não sei para onde. Desconheço até hoje a razão que me leva a ela. A essa estrada que muitos temem, mas que eu conheço como a palma da minha mão. Vou andando sozinho, calmo, sereno. Desfrutando da paz que essa viagem me proporciona.
Em alguns momentos, o vento se torna meu companheiro, e traz aquela brisa gélida de inverno que paralisa por instantes os meus pensamentos. Mas mesmo assim, continuo andando. Longe de tudo, longe de todos.
De vez em quando me flagro relembrando sonhos que há muito deixei para trás. Mas que nem por isso são ausentes em meu presente. Foram eles que deram lugar a novos.
Às vezes minhas pernas cambaleiam, mas apenas a recompensa de poder ver o que está ao meu redor apaga qualquer vestígio de dor. Ela se torna mera coadjuvante em um espetáculo infinitamente maior.
Vou sem pressa, nada do que está às margens da estrada exige lentidão, mas eu me demoro apenas para apreciá-las calmamente, para tentar entender um pouco da sua beleza. E quando elas não podem ser entendidas, somente me retenho a admirá-las.
Às vezes me sinto um tanto perdido, sinto como se estivesse vagando em meio ao nada. Mas a estrada sempre continua à minha frente. Eu tenho a ela, e ela a mim. E às vezes é a única coisa de que preciso.
E eu simplesmente ando. Sem pretextos, sem anseios, sem rumo, sem hora para partir, sem hora para chegar.
Apenas ando.

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