sábado, 28 de março de 2009

Letters to Sunshine...

[Everything is gonna be alright. Be strong. Believe... (YELLOWcard)]


Cara amiga, o amarelo também tem seus defeitos. Mas aqui não os descreverei. Apenas defenderei a falta de cor que reside em minhas camisetas pretas. Concordo quando disseste que o preto é frio. É dessa frieza que disponho, por vezes, para organizar os pensamentos. Dizem que é depois da meia-noite que se tem as melhores idéias, se produzem os melhores escritos, nos livramos das grades dos pensamentos alheios para dar vazão aos nossos. A noite é preta não é mesmo?
Sou um eterno admirador da Lua. Creio já ter lhe contado sobre um episódio em que fiquei apenas a olhando e pensando nas tolices que eu cometia. Muitas coisas mudaram a partir dessa reflexão. Ainda mudam. Espero não decepcioná-la ao proferir estas palavras. Se aqui encontram-se escritos tristes, não penses que eles habitam minha mente o dia todo. Geralmente, são neles que descarrego o pouco de melancolia que em mim reside. Queria apenas lhe perguntar por quantas vezes já me viu realmente triste. Conte-as, por favor.
Penso que terás uma resposta pronta. Mas, como sempre há um “porém”, peço-lhe a gentileza de lembrar das vezes em que você via em mim um sorriso estúpido que, na maior parte do tempo, você não entendia. Creio que a diferença numérica é grande. Neste momento, desejo lhe contar uma coisa, nem Poe, muitos menos Drummond caminham pela área dos livros da estante do meu quarto. Minhas paredes de monótonas pouco tem, uma delas é laranja, outra tem um sol, entre umas colinas, no momento em que está para nascer. É uma pintura totalmente fajuta, feita por um pintor inexperiente que não devia nem ter o ensino médio completo, mas ele chamava isso de arte. Assim eu também aprendi a chamar.
Também lhe digo que às vezes vou ao fundo do poço e fico um tempo lá. Sempre tenho um amigo que precisa de resgate. Você sabe muito bem que não temo me sacrificar. Já lhe disse de uma música por muitas vezes, “eu tô na lanterna dos afogados, mas eu não me importo, basta poder te ajudar”. Eu sei que você se lembra. Eu não hesito em estender minha mão, mesmo que eu tenha de descer alguns degraus para fazer isso. E se tiver de tomar aquele incômodo lugar por causa de um amigo, novamente não hesito.
Minha felicidade se expressa nos risos que proporciono. Se EU fosse feliz, eu seria antes de tudo um egoísta. Quero dar felicidade aos que estão próximos a mim, assim posso ser feliz também. A felicidade não foi feita para ser agarrada, mas sim compartilhada. Sempre quando sentávamos para conversar e eu via um sorriso em seu rosto, naquele momento, eu estava feliz. Digo-lhe que não se depende apenas de uma pessoa para ser feliz. Pode ser até uma falsa afirmação, não para mim. Se em minhas mãos eu tivesse a felicidade, não sei o que faria. Eu não sei criá-la para uso próprio, não posso manipulá-la como se domina o fogo, mas eu posso dá-la.
Bem, e agora? Você me dará, qualquer dia desses, um sorriso radiante como o Sol para me fazer feliz?

6 comentários:

Mari disse...

Obrigado pelos diversos resgates.

gabi disse...

oi!!!

cada vez fica mais gostoso de ler o que escreves!!!

a sua imaginação flutua nas palavras escolhidas, na realidade que pintas com frases quais sementes plantadas com cuidado...

eu também sou capaz de estar desmoralizada, triste, sem chão, que se vir alguém igual ou pior ganho forças e ajudo, porque não consigo ver ninguém triste...

faço de tudo para fazer nascer um sorriso nessa pessoa e com esse sorriso acaba por nascer depois o meu :D

continue escrevendo!

Gabi

=)

Gaspar Ferreira disse...

Mari, sempre que precisar estarei aqui...

e Gabi...

pode ter certeza que continuarei, não consigo ficar muito tempo sem escrever algo por aqui...

obrigado pela visita e pelo comentário...

messy disse...

Tb falo em amarelo, e tb tenho uma flor amarela num dos novos "post's" (:

Bonitas palavras (:

*

Gaspar Ferreira disse...

foto linda, diga-se de passagem...

C@ro. disse...

adoro tudo o que você escreve ^^