sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Daqui a pouco lá...

[We sit and dream of better days, where we'd hit the ground running on empty, stories we've been told and all those nights we spent together never felt this fucking cold. When we let the car run in the driveway. Kiss you one last time before we brought the horse's in before the storm of '59'!... (Alkaline Trio)]



Já é noite de sexta. Uma velha canção anuncia uma nova promessa. Creio que essa demorarei um pouco para realizar. Mas a cada dia em que ela se manter, a contagem será maior e dará mais força para que mais dias entrem na contagem. Um após outro. Acima de tudo preciso de força. E a tenho de sobra. O que faltava era o desejo. A comodidade às vezes é minha principal vilã. Mas agora confesso que estou um pouco curioso ao olhar para o que eu posso ser no ano que se iniciará. Como em todos os outros, fiz alguns planos. E quem não faz na verdade? Até o fim do último minuto desse ano é permitido fazer pedidos para o novo. E ainda restam alguns dias, posso pedir ainda mais coisas. Mas sou modesto, peço apenas o necessário, aquilo de que realmente necessito. O supérfluo, se tornar-se necessário, tratarei de buscar.
Mas por enquanto estou tranquilo. Tranquilo até demais. Férias fazem isso com as pessoas. Não ia ter férias, mas resolvi por o pé na estrada. Dado o momento por que passo uma viagem não seria das piores coisas. Ainda mais pela duração estendida. Há coisas para serem lembradas com muito carinho. Também há coisas para serem esquecidas. Na verdade, a maioria delas merece uma reflexão a seu respeito. Mesmo que seja MAIS uma. E terei tempo de sobra para elas. Depois disso poderei esquecê-las sem qualquer ataque de consciência.
Então arruma-se as malas. Camisetas, meias, perfumes, escova de dente. Um livro não cairia mal. Lembrei que estou levando dois. A respeito do primeiro, estou quase em seu fim. Estou a ponto de explodir de ansiedade. Mas vou lê-lo com muita calma, para não perder nem um pouquinho da mágica. A respeito do segundo, já me falaram muito bem dele e acabo por reservar certa ansiedade para ele também. Mesmo sem sequer ter lido sua contracapa. Mas lá vou ter tempo suficiente.
Para matar a vontade de escrever, de vez em quando, vou procurar um cantinho onde ninguém me encontre, pegar um lápis e uma folha de papel, ou de qualquer material em que eu possa rabiscar. E vou escrever. O que me vier na cabeça, o que aparecer de idéia, o que a música inspirar. Talvez depois eu mostre. Mas só se for digno de ser mostrado. Se não for, guardarei mesmo assim, pois foi uma pequena obra minha. Não é prima, mas é minha. E a guardarei com carinho. Um pouco antes disso, vou-me embora. Vou ali, pegar a estrada para ir para lá. Até logo.

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