sábado, 6 de dezembro de 2008

Tolo...


[And be a simple kind of man. Be something you love and understand... (Shinedown)]



Lamentando o que foi feito. Lastimando o que deveria ter sido feito. Foi assim que despendi alguns dos dias que se passaram há umas semanas atrás. Mas um momento muda tudo. Um único momento mudou tudo. Muda ações, muda intenções, pretensões, pensamentos. Acima de tudo, pode mudar percepções. Mudar o ponto de vista sobre determinadas coisas.
Coisas que levam a lamúrias. Mas se vistas de outro ângulo, podem se tornar motivo de orgulho. Dizem que não se deve reclamar do que não se tem, e sim agradecer o que está em nossas mãos. Certa vez fiz isso. Acabei por perceber a inutilidade de certos pensamentos que tinha. Creio que está na hora de fazer isso novamente. Não tenho tudo aquilo com que sempre sonhei. Mas tenho força em meus braços para tentar alcançá-las. Mais que isso, já conquistei coisas pequenas, que por serem fruto dos meus esforços, tornaram-se grandiosas.
Se ao menos por um instante eu conseguir me concentrar nessas pequeninas conquistas, poderei ver que meus sonhos, por mais difíceis que pareçam, podem ser alcançados. Apenas não devo me esquecer deles. Deixá-los de lado. Os sonhos são fontes de energia, combustível. Sem eles a vida torna-se vazia e sem sentido. E creio que a vida seja muito mais do que um dia de trabalho simplesmente para pagar contas no final do mês. É uma dádiva que nos foi dada há milhares de anos.
Só não sei porque teimamos em desperdiçá-la. Tento viver a minha tranquilamente. Às vezes não consigo. Às vezes me perco meio a alguns devaneios. Às vezes me pergunto se estou agindo certo. Talvez o que mais me assusta é quando penso se estou vivendo no lugar certo na época correta. Há um mundo lá fora mergulhado em caos e hipocrisia. A falsidade anda de mãos dadas com ele. Ele também tinha um velho amigo chamado julgamento, que estava em todos os lugares.
Esse velho amigo do mundo já me causou diversos problemas. Mas não guardo mágoas dele. Aliás, como faço com todos que conheço. Para minha infelicidade em algumas ocasiões. São sempre dedos apontados e palavras sem fundamento. Ainda tenho a esperança de um dia ver o mundo crescer. E envelhecer. Pois é quando se envelhece demais que se vê a importância de ser criança. Eu digo sem medo que sou uma das maiores crianças do mundo. Eu brinco, rio, me divirto, faço palhaçada. Assim, por alguns poucos momentos, me esqueço das impiedosas regras do mundo e das milhares de preocupações que ele me traz. Tudo isso com um sorriso no rosto e meus sonhos no peito. Um dia o mundo me permitirá realizá-los.

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