sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Une agréable soirée...


[So take these words and sing out loud, ‘cause everyone is forgiven now, ‘cause tonight's the night the world begins again (Goo Goo Dolls)]

Era para ser apenas uma noite comum, como todas têm sido de umas semanas para cá. Mas não foi uma noite comum. Não passou nem perto de ser. Foi diferente. Não diferente no sentido de estranha, foi um diferente agradável, foi um diferente no sentido de inesperada. Algo totalmente inesperado. Uma conversa, alguns passos, muitos risos. Estou até o presente momento sem saber de onde surgiu tal surpresa. Na verdade, poucas coisas sei. Ou quase nada para ser absolutamente sincero.
Lembro-me de uma música em meus ouvidos. Há muito não a ouvia. Há muito tempo mesmo. Na época em que a ouvi pela primeira vez, tornou-se uma das preferidas instantaneamente. Mas o tempo passou e conheci músicas novas, e a deixei de lado. Mas não era tanto pela música, mas sim pelo trecho que eu tanto adorava. Coincidentemente foi o que escutei. Um tanto atônito, percebi quem estava a cantar aquele pequeno trecho.
Não. Não foi isso que houve de tão diferente em minha noite. De modo algum. Isso pode acontecer com qualquer pessoa. A diferença encontra-se na incidência de diversos fatores ao mesmo tempo. Fora a música, as horas de conversa, os passos e, acima de tudo, a ótima companhia. Por mais que eu tenha feito uso de poucas palavras, nossa conversa foi algo bom para mim naquela noite. Na verdade, eu não conseguia falar muito.
Confesso que preferi me reter ao silêncio. Sentia-me bem naquele momento, pois eu apenas a observava. Talvez ansiosa, pois seus pés inquietos não cessavam por um instante sequer de tremular. Mas aos poucos eu dava sinais, muitos extremamente perceptíveis. Minha mão irrequieta por vezes desejou segurar a dela. Meus olhos flamejavam ao encontrar os dela. Meus lábios ansiavam tocar os dela. Era apenas ela naquela noite.
Mas ainda falta dizer-lhes algo. A lista ainda está incompleta. Faltou dizer-lhes sobre a chuva. E como foi adequada ao momento. Nunca usufruí tanto de uma simples chuva. Voltei para minha casa pulando e brincando pela rua. Criança? Talvez. Mas naquela noite isso me era permitido. Naquela noite eu poderia fazer o que eu quisesse. O mundo era uma pequena bolinha que cabia em minhas mãos. Simplesmente porque foi uma noite diferentemente agradável.

Um comentário:

Anônimo disse...

todos os dias eu tenho que ler.... nem que seja um pedacinho!

ass:sua fã.