domingo, 5 de outubro de 2008

Adeus...



Reitero que há uma imensa ansiedade em meu peito. Eu tento suportar, e sempre vou além dos meus esforços. Mas na mesma medida em que fico mais forte, essa ansiedade aumenta.
Agora, não tenho mais escolha a não ser esquecer o motivo de tal aflição. Eu fiz tudo o que estava ao meu alcance, simplesmente para estar próximo daquela que um dia chamei de anjo. Eu desisti de alguns hábitos, livrei-me de velhos vícios, fiz o que pude para mostrar o quanto eu queria estar ao lado dela.
Inicialmente, era um doce tormento. Eu ficava inquieto em sua presença, apreensivo em nossas conversas. Eu não conseguia me expressar, minhas mãos ficavam gélidas e petrificavam-se instantaneamente, meu olhar me condenava e minhas pernas tremiam. A adrenalina percorria minhas veias e fazia o mundo explodir a minha volta. Tardiamente, naqueles poucos momentos, tudo se resumira a ela.
Soube desde o início que eu me perderia nesse caminho incerto. Fui forte, até o dia em que a vi chorando. A encostei em meu ombro e tentei lembrá-la das alegrias que estavam por vir. Queira Deus que as lágrimas nunca mais tornem a percorrer sua face. Aquele rosto merece o mais belo dos sorrisos. Aquela alma merece a mais duradoura felicidade.Admito que cometi erros e por eles fui julgado. A sentença, não foi das piores, mas me afastou dela. O caminho que me restou, também não é dos melhores. Mas, quem sabe um dia, eu poderei fugir por um instante, esquecer de tudo, correr para onde ela estiver, vê-la, ao longe, sorrindo, sonhando, vivendo dias felizes. Assim como os que um dia desejei e ainda desejo para ela...

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